Em conjunturas calmas diminui a preocupação com memória e identidade e o inverso ocorre em conjunturas de crise
“quando a memória e a identidade estão suficientemente constituídas, suficientemente instituídas, suficientemente amarradas, os questionamentos vindos de grupos externos à organização, os problemas colocados pelos outros, não chegam a provocar a necessidade de se proceder a rearrumações, nem no nível da identidade coletiva, nem no nível da identidade individual.”
Comparação entre países de antiga tradição nacional e aqueles que são Estados nacionais recentes, muito mais preocupados com memória e identidade [ou seja, com muito mais necessidade de inventar uma tradição, como diria Hobsbawm]
Ponto para discussão:
“por que será que atualmente assistimos a um interesse renovado, nas ciências humanas e na história, pelo problema da forte ligação entre memória e identidade?”
[ou seja, vivemos um momento de crise dos Estados nacionais, das famílias, dos valores individuais e, portanto, das antigas identidades e consequentemente, das memórias…]
(página 207)
In: POLLAK,Michael. “Memória e identidade social”, Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol.5, n.10,1992, pp.200-215