Histórias do Alvito A FRALDA DE PANO E A DITADURA DIGITAL Devo me mudar em breve. Entrei em contato com o síndico do prédio onde moro no momento, é um sujeito boa praça, faz o…
HISTÓRIAS DO ALVITO – Rebeldia Futebol Clube
Rebeldia Futebol Clube Essa cambada de primos que tenho, modéstia à parte, sempre foi rebelde. Reza a lenda que meu priminho mais novo não queria abandonar aquele lugar quentinho onde ele flutuava tranquilo…
HISTÓRIAS DO ALVITO – A sereia da praia…
A sereia da Praia Vermelha A Praia Vermelha foi o palco de um episódio bastante sangrento: uma tentativa de levante comunista em 1935, foi reprimido a ferro e fogo por Getúlio. Até hoje os militares…
HISTÓRIAS DO ALVITO – Eros
Eros Tu uniste Uranos e Gaia e permitiste toda essa gandaia de deuses e homens correndo atrás de saias. E bem mais do que isso. Se eu fosse contar com quantas flechas já me atingiste,…
HISTÓRIAS DO ALVITO – O valor da guerra
O valor da guerra Em um ato de deliberada desobediência civil acadêmica, meu primo parou de frequentar a Plataforma Lattes, a senzala eletrônica dos pesquisadores brasileiros. Ousou escrever, publicar e até ir ao cinema sem…
HISTÓRIAS DO ALVITO – Solidão 5.0 e o…
SOLIDÃO 5.0 E O COROAS BOLINHAS UNIDOS Foi no meio de uma terapia de casal. Havia perdido meu pai alguns meses antes. Quando a psicóloga pediu que eu falasse, ao invés de fazer observações sobre…
HISTÓRIAS DO ALVITO – O homem que tinha…
O HOMEM QUE TINHA PESSOA NO NOME A bem dizer, eu havia chegado da Grécia na semana anterior. Ou seja, depois de dez anos dando aula sobre a Grécia antiga eu havia feito uma tese…
HISTÓRIAS DO ALVITO – Juro que eu não…
Juro que eu não sou o Júlio É tudo vaidade, como está na Bíblia. Ou, na versão de Lobão, é tudo pose. Os jornalistas sabem disso. Qualquer manual de jornalismo ensina que para dar…
HISTÓRIAS DO ALVITO – Cuidado com o Viagra,…
Cuidado com o Viagra, ministro... O ano eu não sei. Mas foi durante a desastrosa gestão de Paulo Renato, o único Ministro da Educação que teve a glória de morrer por excesso de Viagra. Asseguro…
A fada preguiçosa e a casa que virou…
A FADA PREGUIÇOSA E A CASA QUE VIROU SONHO Era uma vez uma fada preguiçosa. No bom sentido, é claro. Ao invés de pegar sua varinha de condão e ficar maravilhando Deus e o mundo…
HISTÓRIAS DO ALVITO – Parecia mas não era
PARECIA MAS NÃO ERA Aquele primo começou a dar aula na universidade tão jovem, mas tão jovem, que ele mal se distinguia dos seus alunos. Naquele tempo havia o costume das aulas trote, pois o…
Ou ninguém ou todo mundo
OU NINGUÉM OU TODO MUNDO A história aconteceu ainda no selvagem século XX, desprovido do políticamente correto. Aluno com dificuldade de aprender era burro e outras variações do humano atendiam pelos nomes de surdo, cego,…
O CRAQUE IMPROVÁVEL
O CRAQUE IMPROVÁVEL Hoje em dia, devido aos progressos da ciência e sobretudo graças aos avanços da cultura, é possível nascer com um corpo de mulher e tornar-se homem ou vice-versa, nascer com um corpo…
Três sonhos
Gosto tanto de sonhar acordado que quase não me lembro do que sonho dormindo. É uma pena, claro, fico imaginando o que o meu inconsciente não apronta com total "liberdade" para criar. Mas de vez…
O QUE CABE NA TAPERA II
O QUE CABE NA TAPERA II Sabe como é sábado, a turma acorda mais tarde. Antes de começar o sarau a pequena sala já estava completamente lotada. E depois da apresentação da contundente e irônica…
O QUE CABE NA TAPERA – Parte I
Diga aí, querida leitora, querido leitor, aonde é? Sábado de sol pela manhã, no segundo andar de uma galeria comercial quase deserta, mais de cem pessoas sentadinhas, silenciosas, apertadinhas em cadeiras de madeira... O que…
Bem vindo, Stephane
BEM VINDO, STEPHANE Quando ele disse seu nome, não entendi de primeira. Havia um quase imperceptível sotaque, talvez fosse o ritmo da fala ou quem sabe o próprio nome, incomum por estas bandas, Stephane. Era…
A vida por um fio no Maracanã
A VIDA POR UM FIO NO MARACANÃ Quiseram os deuses que o meu amor pelo Flamengo fosse muito bem correspondido. Nasci no ano em que o América foi campeão carioca, mas depois disso vi um…
Ma Dhurga
MAA DURGA Um buraco no meio do peito. A tristeza aguda dos primeiros dias, virara uma melancolia sólida, pervasiva, bloqueadora de sonhos e alegrias. Alguns meses depois da morte da minha mãe, havia que abrir…
A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE
A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE Era uma noite de sexta-feira de Haloween, e eu estava nos Estados Unidos. Mas bruxas e doces não me interessavam, naquele dia eu só pensava em uma coisa:…
O gigante sensível e a bola laranja
Por questões de trabalho do pai, a família toda havia se mudado da Tijuca para os Estados Unidos, mais especificamente para uma daquelas pacatas cidadezinhas de classe média de New Jersey, cercadas de mega-shoppings por…
Moleque abusado ou de como se faz um…
Antes de abraçar a crença nos deuses gregos, sempre dei sinais de que minha relação com a religião instituída não seria das mais fáceis. Ainda bem criança, não gostava da disciplina da oração e minha…
O terno branco de Walter Alfaiate
Eu era fã do sujeito. Tinha visto ele cantar várias vezes, sempre com aquela postura elegante de quem fora crooner de boate e vivia muito bem vestido desmentindo a máxima de que em casa de…
Professor de Amor
O colégio onde fiz a maior parte da minha formação escolar era curioso e interessante. O nome, Brasil-América, evocava a utopia de uma relação equilibrada e positiva com a terra de Tio Sam. Todos os…
(quase) Entrando em cana nos Estados Unidos
Há um provérbio árabe que compara a palavra a uma bala de fuzil, uma vez desferida ela não volta mais. Se a língua fosse um gatilho, eu seria um dos pistoleiros mais rápidos do oeste.…
A menina da Cidade Alta – parte 2
Quando subia de volta para a Cidade Alta, a menina Fernanda ainda tinha muito o que fazer. Desde bem pequena que ajudava na casa. O pai era operário da indústria naval e a mãe uma…