CRONOLOGIA: DA DITADURA MILITAR À POSSE DE FHC
1964 – 11/4: “Eleição” do general Humberto Castelo Branco com 361 votos (72 abstenções, 37 ausências, 5 votos em outros generais)
1967 – 15/3: Posse do general Arthur Costa e Silva, cujo nome havia sido homologado pelo Congresso em 3/10/66 (295 de 475 votos; fidelidade partidária anula votos rebeldes – o general tinha sido “escolhido” pela ARENA; MDB se retira em protesto)
1969 – 28/8: O general-presidente Costa e Silva tem uma trombose cerebral e fica com metade do corpo paralisado; sua agenda é cancelada e a imprensa é instruída a noticiar que o presidente tem uma forte gripe; assume uma junta militar (um triunvirato com um general, um almirante e um brigadeiro), para impedir que tomasse posse o vice-presidente eleito, o civil Pedro Aleixo (ex-deputado da UDN e ministro da Educação) – que havia discordado do AI-5, ou os sucessores previstos, pela ordem: presidentes da Câmara, do Senado e do STF
1969 – 22/10: Congresso é reaberto para sagrar como presidente a Emílio Garrastazu Médici, Este havia sido escolhido anteriormente depois de uma consulta que o alto Comando das FFAA fizera a 240 oficiais-generais das 3 armas; o candidato escolhido, Albuquerque de Lima (muito votado pela Marinha) é preterido com a desculpa de que não era general de 4 estrelas.
1974 – 15/03: Assume a presidência o general Ernesto Geisel. Ele fora eleito em 15/1/74 por um colégio eleitoral composto pelo Congresso e por delegados das assembléias estaduais (para aumentar a maioria da ARENA); Geisel tem 400 votos contra 76 da anti-candidatura Ulysses Guimarães (vice Barbosa Lima Sobrinho). Ulysses percorrera o país denunciando a tortura, a censura, o abandono dos trabalhadores, os privilégios às multinacionais, a “anticonstituição” e a “antieleição”.
1978 – 15/10: Eleição indireta do general João Batista de Figueiredo (355 votos contra 226 para o também general Euler Bentes); Figueiredo fora anunciado por Geisel como seu sucessor (tendo o civil Aureliano Chaves como vice) em 15/1
1984 – 6/4: Comício pelas (eleições) Diretas-Já com 1,7 milhão de pessoas em SP
10/4: Idem com 1,2 milhão de pessoas no Rio de Janeiro (Candelária)
17/4: Emenda Figueiredo é enviada ao Congresso: mandato de 4 anos para o próximo presidente e eleições diretas só em 1988. Em 28/6 vai ser retirada, para evitar que a oposição a subemende para 84.
25/4: A emenda das diretas (Dante de Oliveira) não passa na Câmara (298 a favor, 65 contra e 17 abstenções; 22 votos menos do que os 2/3 exigidos)
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A inflação neste ano é de 223,7% e a variação do PIB de 5,4%
1985 – 15/1: O Colégio Eleitoral elege Tancredo-Sarney por 480 votos contra 180 de Maluf (9 ausências e 7 abstenções)
15/3: Posse provisória do vice José Sarney devido à doença de Tancredo (operado 12h antes da posse)
21/4: Morre Tancredo; 3 milhões vão aos funerais em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e São João Del Rei
22/4: José Sarney assume a presidência
– A inflação neste ano é de 237,7% e a variação do PIB de 7,9 %
1986 – 16/4: Congresso aprova Plano Cruzado
15/11: Eleição da constituinte congressual, dos governadores e deputados estaduais; o PMDB vence graças ao Plano Cruzado, que vai ser suspenso dias depois, em 21/11 (no dia anterior o governo concedera um aumento recorde dos combustíveis de 60%); é o Plano Cruzado II (com aumentos de preços e mudanças no cálculo da inflação
A inflação neste ano é de 57,5% e a variação do PIB de 7,5 %
1987 –
– A inflação neste ano é de 365,7% e a variação do PIB de 3,5 %
1988 – 22/3: A Constituinte (com seus 559 membros presentes) opta pelo presidencialismo
2/6: Em concorrida votação, a Constituinte fixa em 5 anos (e não 4) o mandato de Sarney
22/9: A Constituinte aprova a nova Carta Magna, por 454 votos, 15 contra e 6 abstenções
– A inflação neste ano é de 933,6 % e a variação (negativa) do PIB de – 0,1 %
1989 – 15/1: Sarney anuncia o Plano Verão: congelamento, desindexação, demissões no funcionalismo; criação de uma nova moeda, o Cruzado Novo (NCz$), com 3 zeros a menos
15/11: Primeiro turno da 1ª eleição presidencial em 29 anos; Collor (28,5 %) e Lula (16,1%) vão para o 2º turno
14/12: 2º debate Collor x Lula na TV
17/12: 2º turno da eleição presidencial: Collor é eleito com 35 milhões de votos (42,7 %) contra 31,1 milhões (37,9 %) de Lula
– A inflação neste ano é de 1.764,9 % e a variação do PIB de 3,2 %
1990 – 13/3: A pedido de Collor, Sarney decreta feriado bancário até 19/3
15/3: Posse de Fernando Collor de Mello
16/3: Plano Collor I (20 medidas provisórias e 3 decretos); bloqueio das contas correntes e de poupança
3-11/4: Congresso aprova em tempo recorde o pacote de medidas do Plano Collor
9/5: Collor anuncia a demissão de 354 mil funcionários públicos nos próximos 60 dias
16/8: Decreto 99.464 inicia plano de privatização de 10 empresas estatais
– A inflação oficial neste ano é de 1.198 % (para a FGV é de 1.468 % e para FIPE é de 1.639 %); e a variação (negativa) do PIB de – 4,4 % (a pior recessão já registrada)
1991 – 31/1: Zélia Cardoso baixa o Plano Collor 2: feriado bancário no dia seguinte, novo congelamento, desindexação
27-28/2: Congresso aprova as medidas provisórias do Plano Collor 2
14/3: Collor lança seu Projeto de Reconstrução Nacional: privatizações, fim da estabilidade do funcionalismo público e universidades pagas
13/6: Collor indica Pedro Malan como negociador da dívida externa junto aos credores
1/7: O Brasil retoma o pagamento da dívida externa, suspenso desde 89
16/12: A FIESP contabiliza 172 mil demissões em 12 meses na indústria de SP
– A inflação neste ano é de 481,5 % (havia cédula de 50 mil NCz) e a variação do PIB de 0,2 %
1992 – 10/5: O irmão de Collor, Pedro, denuncia o esquema PC à revista Veja
26/5: Congresso instaura CPI para apurar denúncia de Pedro Collor
4/6: Pedro Collor repete a denúncia na CPI do esquema PC
28/9: Impeachment: por 441 votos a favor e 38 contra a Câmara autoriza o Senado a processar Collor, que é afastado da presidência (irá renunciar para evitar impedimento);
29/9: O vice Itamar Franco assume a presidência (presidente em 2/10)
– A inflação neste ano é de 1.158 % e a variação (negativa) do PIB de – 0,8% %
1993 – 23/4: plebiscito escolhe a República e o Presidencialismo
21/5: FHC assume o Ministério da Fazenda;
1994 – lançamento do Plano Real em 28 de fevereiro (out) Eleição de Fernando Henrique Cardoso no 1º turno (reeleito em 1998)
1995 (1ºjan) – 2002: FHC na presidência