/Fontes primárias para a sala de aula 005 – Louis Agassiz e a “deterioração decorrente do amálgama de raças”

Fontes primárias para a sala de aula 005 – Louis Agassiz e a “deterioração decorrente do amálgama de raças”

FONTES PRIMÁRIAS PARA A SALA DE AULA 005 – Louis Agassiz e a ‘deterioração decorrente do amálgama de raças’

Natureza e data do texto:

O famoso naturalista suíço (naturalizado americano) Louis Agassiz e sua mulher Elizabeth estiveram no Brasil entre 1865-6, tendo sido muito bem recebidos não somente pelo imperador e pelas autoridades, mas por inúmeros colaboradores em todo o Brasil. Agassiz veio, basicamente, para estudar e coletar espécies, afim de formar uma coleção nos EEUU (na Universidade de Harvard), no que foi extremamente bem sucedido graças à enorme boa vontade das populações locais. Elizabeth ficou encarregada de um diário, no qual há cartas e relatórios científicos do marido, e que serviu de ponto de partida para o livro. Ao contrário de Gobineau, os Agassiz nutriram uma enorme simpatia pelos brasileiros, mas isto não impediu Louis Agassiz de explicar o Brasil segundo sua teoria sobre as raças humanas, isto é, de que elas eram como espécies diferentes e de que a mistura era absolutamente nefasta. O trecho a seguir está em A Journey in Brazil, 1868.

‘Que qualquer um que duvida dos males dessa mistura de raças, e se inclina, por mal entendida filantropia, a botar abaixo todas as barreiras que as separam – venha ao Brasil. Não poderá negar a deterioração decorrente do amálgama das raças, mais geral aqui do que em qualquer outro país do mundo, e que vai apagando, rapidamente, as melhores qualidades do branco, do negro e do índio, deixando um tipo indefinido, híbrido, deficiente em energia física e mental.’

Fonte: SKIDMORE, Thomas. Preto no Branco: Raça e Nacionalidade no Pensamento Brasileiro (1870-1930). São Paulo: Companhia das Letras,2012. pp.47-48.