“10. São Pixinguinha vai ao Céu
Como diz o samba-enredo feito em sua homenagem, Pixinguinha era “um poema de ternura e paz”. Além da genialidade como músico, os que conviveram com ele sempre destacaram sua bondade. Era daquelas raras pessoas que são queridas por todos. Viveu para a música.
No último dia da sua vida ele estava em Ipanema, em pleno carnaval, na Igreja Nossa Senhora da Paz. Ia batizar o filho de um amigo. Do outro lado da Praça a Banda de Ipanema se preparava para desfilar. Pixinguinha começa a passar mal e vem a falecer.
Neste momento começa a chover, o que não abranda o entusiasmo carnavalesco da turma que estava na praça cantando e dançando. Mas quando os foliões ficam sabendo da notícia, a Banda se dispersa em silêncio. O carnaval não podia continuar. Morrera São Pixinguinha.”
Marcos Alvito. Histórias do samba: de João da Baiana a Zeca Pagodinho. São Paulo: Matrix, 2013.