/HISTÓRIAS DO SAMBA – 33. CHICO DURO

HISTÓRIAS DO SAMBA – 33. CHICO DURO

  1. Chico Duro

O apelido mais contundente foi reservado a Francisco Alves. A despeito de viver na abastança, emplacando sucesso atrás de sucesso e vendo os direitos autorais engordarem sua conta bancária, Chico Viola era um conhecido sovina. Reza a lenda que ele ia ao ponto de não pagar café pra ninguém e de viver filando cigarros. A rapaziada do Nice não lhe perdoou e no meio ele passou a ser conhecido como Chico Duro.

Noel Rosa, que vivia numa “prontidão sem fim” e que praticamente trabalhava para Francisco Alves, conhecia como ninguém a avareza do cantor. E Noel castigou o milionário pão-duro com o samba Mas como…. outra vez? :

“O meu dinheiro é macho e não cresce

Só o teu cresce, mas nunca aparece

Teu grande medo lá no botequim

É ter que pagar um café para mim”

Chico Viola não se zangou com a gozação. Muito pelo contrário, entrou de parceria na música, que foi gravada por ele e fez sucesso no carnaval de 1933.