/AS AVENTURAS DA Dra. Eu Ka Liptus – 18. Sexo, drogas e rock’n’roll…

AS AVENTURAS DA Dra. Eu Ka Liptus – 18. Sexo, drogas e rock’n’roll…

  1. Sexo, drogas e rock’n’roll…

    A forma de se dirigir aos congressos era mais uma diferença abismal a separar os dor-não-sentes, como às vezes eram chamados os PhDeuses, dos dizes-que-sentes, também conhecidos como alunos, ralé, plebe ignara, turba, habitantes do valão e outras expressões menos cotadas.

    Os PhDeusinhos literalmentevoavam até lá. Infelizmente a AirFrança ainda não fazia trechosnacionais, havia que fazer o sacrifício de embarcar em aeronaves nacionais de 2a. categoria. Claro que com tudo pago: passagem aérea, hotel e diárias. Um dinheiro bem gasto, afinal, mesmo alguns minutos de apresentação de um trabalho tão instigante, inovador, que trazia toda uma renovação meto-dor-lógica, epis-temo-lógica e escatológica e dava uma enorme contribuição ao avanço da sexologia nacional valiam ouro, infelizmente não na forma de barras, mas pago em moeda sonante nacional mesmo. Sem falar que, enquanto isso, iam ganhando umas milhinhas para, vocês já sabem, rever a rive gauche ou a rive droite dependendo da orientação de cada um.

    Já os dizes-que-sentes, bem estes… é claro, por mais que tomassem Fede Bull antes durante e depois das famosas roubbbadas, nunca conseguiam criar asas. Dispunham, todavia da possibilidade de embarcar em um ônibus da UFFa e encarar dois, três, quatro, cinco dias de prazerosa viagem até uma daquelas praias distantes e exóticas onde eram realizados os com-egressos nacionais da ARANPuhCa. Tudo pelo bem da ciência sexológica de Kud Omundo.

    Os dizem-que-sentem, de fato, faziam de tudo pela causa. De tudo mesmo. Mas para não tomar o precioso tempo de vocês, poderíamos resumir no trinômio canônico sexo-drogas e rock’n’roll. Das drogas e do rock trataremos depois que eles merecem. Por hoje vamos de sexo mesmo, afinal era um departamento epecializado nisso. Entre os sábios, a palavra chave (não confundir com a chave das celas de aula), repetida ad infinitum era intersexualidade. Como os PhDeusões e PhDeusonas não tinham tempo nem paciência de explicar isso aos dizem-que-sentem, os alunos interpretavam a intersexualidade como podiam…

    Tentar todas as variações possíveis em um ônibus em movimento não era muito fácil, mas estes seres desprovidos de luz Phdivina, habitantes do valão comum, eram muito, muito engenhosos. Se banheiro de ônibus falasse… Bem, se falasse, teria visto Hernando NãovouficarCalado se dirigir ao fundo do ônibus para tirar uma aguinha do joelho depois de beber umas cervas na 26a. parada da viagem. Até aí, nada demais, mas teria visto também, poucos segundos depois, levantar-se a figura atlética, corpulenta e sanguinolenta de Játenhoaté Kurriculolattes, decerto no encalço do herói do jogo do Passa Essa Bolapramim FC versus os Cracks de Laboratório.

    O que aconteceu? Teria Játenhoaté Kurriculolattes a intenção de matar ou pelo menos dar uma surra inesquecível em Hernando NãovouficarCalado? O nosso super-herói conseguiria sair vivo desta?

    Bem… isso tudo será revelado amanhã (se os deuses forem bons), no nosso sensacional folhetim eletrônico As aventuras da Dra. Eu Ka Liptus (que anda até meio sumida, logo ela volta).

    Obrigado, tenham um bom dia