/AS AVENTURAS DA Dra. Eu Ka Liptus – 23. Falando de Stalin primeiro (senão ele briga)

AS AVENTURAS DA Dra. Eu Ka Liptus – 23. Falando de Stalin primeiro (senão ele briga)

Falando de Stalin primeiro (senão ele briga)

Estamos indo rápido demais, esta narrativa parece um avião desgovernado, uma Ferrari derrapando a 300 por hora, ou até mesmo uma certa perversidade à beira do oceano, totalmente sem direção. Pois bem, vamos com calma. Mostramos a conspiração que uniu o soi-disant (expressões francesas dão um toque de classe) preto Zou Negão com o assumidamente branco Stalin Émau MataUm MataGeral, visando destruir de vez a antes doce Eukali. Mas sabemos muito pouco destes dois e como ainda temos 46 capítulos para percorrer vamos cozinhar o galo um pouquinho e apresentá-los como se deve.

 

Stalin Émau MataUm MataGeral era cria do movimento infantil. Ele pertencera à histórica chata “Ai de quem chupe diferente”. As chatas tinham esse nome porque enchiam a paciência de todo mundo. Pelo menos só existiam em tempo de eleição, quando entravam em todas as salas, com ou sem porta, falavam que iriam mudar tudo e sumiam até a próxima eleição, quando reapareciam com outro nome engraçadinho e mais um cartum do Henfil ou do Latuff para servir de símbolo.

 

“Ai de quem chupe diferente” levava uma vantagem sobre as outras: era uma chata branca, feita única e exclusivamente para apoiar o governo da presidenta FoiLula QueMeMandou, também conhecida pelo apelido de “EManda AtéHoje”. Era um novo fenômeno no movimento infantil, que poderia ser acusado de tudo, menos de ser a favor. Todas as chatas eram contra tudo e contra todos, sobretudo umas contra as outras. “Ai de quem chupe diferente” propunha toda uma nova concepção: ser contra quem era contra, imediatamente tachado de inimigo do povo, contra-revolucionário, burguesinho safado e outras expressões igualmente originais e profundas. Era um movimento de massas, sobretudo miojo, repartido de forma socialista na comuna onde moravam os cinco integrantes da chata.

 

Ali, na doce comuna, tudo era de todos e ninguém era de ninguém. Repartiam tudo igualmente, fora a melhor parte, que ficava sempre para Stalin, que só admitia ficar no lugar mais alto de todos, por isso sempre dormia no beliche de cima. Depois do Escritório Acadêmico de Sexologia, sonhavam com o DezMané, mas ainda tinham que arranjar mais cinco mané para conseguir tomar a entidade mor da UFFa. Sonho quase impossível, que sempre os inspirava, era a entidade nacional, a UNE-TE ao governo que ganhas dinheiro, cargos e uma carteirinha pra pagar meia no cinema. Sob a condução firme de Émau, a chata sonhava em um dia subir a rampa do Planalto pra beijar a mão da presidenta.

 

Quanto a Émau MataUm MataGeral, como o próprio nome indica, não era conhecido por sua delicadeza, pelo menos quando estava no FoiceBuk, onde botava banca, xingava, cortava cabeça e lambia o sangue. Sempre em conluio com a gangue dos quatro que compunha com ele a chata. Na vida real, tinha medo de mulher, homem e até de mula sem cabeça, sabe lá… Mas isso não tinha nenhuma importância porque todo mundo sabe que a revolução vai começar pelo FoiceBuk e Stalinho, como sua mãezinha carinhosamente o chamava, era o terror das redes anti-sociais.

 

Ali, sabia ele, valia tudo, quem mentisse mais descaradamente, devidamente curtido, compartilhado e apoiado por seus “amigos”, era o vencedor imoral daquelas batalhas sem sangue, sem alma e sem caráter ali travadas. Na arena do Foice, terra sem lei, Stalin Émau MataUm MataGeral se auto-proclamava rei.

 

Esse assunto das chatas, por motivos óbvios, tem a tendência natural de entediar quase até a morte os leitores (e o autor também).

Sendo assim, já tendo caracterizado em traços gerais o Stalinho, paramos por aqui e prometemos para a próxima história mais revelações bombásticas acerca do seu aliado, nosso conhecido Zou Negão, que parecia ser uma coisa mas era outra…

Todo este dramalhão de 3a. continuará

nas próximas histórias do seu, do nosso, do vosso sensacional folhetim eletrônico-foicebukiano:

As aventuras da Dra. Eu Ka Liptus…

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OBSERVAÇÃO: Esta é uma obra FICCIONAL, inspirada em processos realmente existentes, mas não em pessoas. Semelhanças com pessoas reais são apenas coincidência, sem dúvida fruto da frequência com que determinadas coisas ocorrem nos ambientes retratados.